Monday, July 23, 2012

A partida.

Todo mundo tem sua parte favorita das férias que podem ser as mais variadas mas eu acho que todo mundo concorda que a despedida é a pior parte de qualquer férias.
Não importa se você está visitando um lugar nunca antes visitado ou revendo sua família.
O momento da partida é sempre a parte que eu nunca gosto numa viagem.

Até Nathan que é a unica pessoa que eu conheço que gosta de voltar pra casa estava um pouco desanimado em deixar o Brasil.
As três semanas em terras tupiniquins foram incríveis! Eu acredito que grande parte do meu entusiasmo em estar em São Paulo era por poder finalmente mostrar à Nathan de onde eu vim, meus lugares favoritos e a casa onde cresci. Ir para a Bahia era a minha parte mais excitante das férias pois eu nunca estive no nordeste antes e eu queria muito que ele visse o Brasil tropical que é famoso no exterior.
Acontece que três semanas passam rápido demais e na volta do Rio eu me dei conta que praticamente não passei tempo com meus pais, digo, relaxando e simplismente aproveitando a companhia deles. Apertou o coração.
Nathan quer voltar ano que vem e eu falei que é bom voltar quando sentimos saudades e que talvez não seja o caso em um ano mas que não vou esperar dois anos e meio para voltar.
Nathan me disse que sente muita falta da sua família brasileira e que não ve a hora de voltar e eu na verdade voltaria hoje!
Então até a volta Brasil, que seja breve, mais breve do que a gente pensa!

Monday, July 16, 2012

A cidade não tão maravilhosa.

Muitos pontos fizeram da nossa rápida passagem pelo Rio nada especial.
Deixar Itacaré foi difícil, a gente curtiu muito o lugar, as praias, a comida, o sol e as pessoas. Estávamos vivendo no "paraíso" de acordo com Nathan. Amamos tudo e todos!
Sem escolha, deixamos a Bahia e fomos pra o Rio, chegamos no sábado a noite, Vimos o Cristo todo iluminado no alto do Corcovado, fazia calor e ficamos até esperançosos. Não durou muito.
O táxi não tinha medidor e nos cobrou o dobro da corrida normal.
O hostel em Santa Tereza fica numa rua que quase ninguém conhece e é um saco chegar até lá. A casa é bem antiga e tem uma fachada bacana mas ao se entrar no lugar, medo.
Os quartos são amontoados em todos os lugares e para chegar à nossa suíte descemos quatro lances de escada num labirinto que terminou nesse puxadinho cercado por escombros de obra.
O quarto não tinha chave (que foi achada prontamente depois da olhada que dei pro gerente), a mobília estava coberta de poeira, o espelho estava tão sujo que não podíamos nos ver, a cama era velha com lençóis manchados e com furos. E pra deixar tudo melhor o ralo do chuveiro estava coberto com cabelo e pêlo...
Nathan aproveitou que o gerente era inglês e soltou o verbo e depois de uma rápida descrição dos pontos acima fomos convidados a sentar no bar enquanto o quarto era limpo.

De volta ao quarto, agora limpo o suficiente para ser habitado, o sentimento de desânimo era total e não podíamos deixar de pensar no nosso quarto na Pousada Piracanga em Itacaré.
Resolvemos dormir pra acordar num dia melhor que, não veio. Hehehe.
O domingo amanheceu com chuva e quase afogou a nossa animação. Com a chuva e o tempo fechado ir ao Pão de Açucar ou ao Cristo ficaram fora de questão, mas diante de um dia inteiro pela frente botamos o pé na rua e criamos o nosso próprio walk tour pelo centro velho do Rio.
Arcos da Lapa, escadaria Selaron, igrejas e mais igrejas, Glória, Palácio do Catete e pegamos o metrô no Catete até Ipanema onde achamos essa feira de artesanato enorme que nos entreteu por um tempão e de lá fomos até a praia de Ipanema e Copacabana.
O dia terminou num boteco legal na Lapa onde tomamos cerveja por horas e no fim nem achamos o Rio tão ruim assim. Será que foi a cerveja?



Wednesday, July 11, 2012

Itacaré - We Love You

Itacaré é uma cidade pitoresca, com seu centrinho cravejado de restaurantes e lojas de roupas e souvenirs com suas fachadas cada uma pintada de uma cor, com um povo muito gentil e educado, com sorriso no rosto e sempre disposto a conversar ou ajudar com alguma coisa.
Só o esforço que foi para se chegar à Itacaré foi algo fora do comum. Duas horas e meia de vôo de São Paulo à Salvador. Uma hora de balsa até Bom Despacho na Ilha de Itaparica e aí três horas e meia de carro até chegar lá.
Uma pousada bem perto de tudo logo no centro da cidade mas fora da muvuca, com café da manhã delicioso preparado pela hiper-ativa paulistana Márcia com direito a um decioso bolinho de tapioca.
As mulheres são bonitas por natureza e não se vestem de maneira provocante mesmo com sol forte. Os homens tem sorrisos perfeitos e dorço esculpido pelo trabalho diário sempre exposto devido ao calor.
A comida é simples mas muito saborosa, vale mencionar Tia Dálva do restaurante Estrela D´Alva a melhor cozinheira que conheci nos últimos tempos, seu tempero é simplismente perfeito. Do seu arroz e feijão de todo dia ao bobó de camarão e a moqueca, perfeições!
Os sucos de frutas locais, cacau, graviola, cajá e cajú....que saudades sentirei! E a cerveja ridiculamente gelada, ah!
De nadar na praia da ribeira, espantar todos os carangueijos que fazem tocas na areia da praia, ver os barcos balançando nas ondas da praia do rio de contas e entrar nas piscinas naturais cercado de peixinhos na praia de taipus de fora.
Itacarézinho, cachoreira de Tijuípe, lagoa e praia do cassange e os três milhões de coqueiros carregados que vimos por todos os lados.
Esses cinco dias foram mais do que proveitosos, foram relaxantes, quentes e de muita risada e descontração.
O kiwi que se torrou no sol logo no primeiro dia, amou cada minuto e não queria ir embora do "paraíso".
O que mais poderia pedir.