Wednesday, March 30, 2011

Rakiura - fotos parte 02

O melhor assento da casa.

A vista da janela do quarto do hotel.

Nathan contemplando Halfmoon Bay.

Eu super animado com a trilha...segundo a placa ainda restavam 1h15m de caminhada até Halfmoon Bay.

Tuesday, March 29, 2011

Rakiura - fotos

Na rua principal de Oban em frente a Halfmoon Bay.


Algumas das construções pitorescas da ilha. Super bacana essa.

Monday, March 28, 2011

Stewart Island



Uma das viagens que sempre pensei em fazer mas sempre pensei, "fica para a próxima" foi ir para Stewart Island, a ilhota bem no sul da ilha sul que da pra ver em alguns mapas.
Em janeiro deste ano quando eu e Nathan demos a volta na ilha sul em 8 dias nós já tínhamos comentado que seria uma ótima idéia ir pra lá na próxima oportunidade, ainda mais depois que pegamos gosto por fazer trilhas.
Cansei de deixar para depois e no fim de fevereiro comprei passagens de balsa para um fim de semana por lá como presente de aniversário de casamento hehe.
Tem dois jeitos de chegar até a ilha, um deles é de avião, quase um teco-teco que balança muito e é caro ou de balsa. Voando leva por volta de 20 minutos e de balsa demora 1 hora.
Como não sou fã de voar, ainda mais num avião tão pequeno, a idéia da balsa foi super bem aceita, ainda mais porque não é sempre que se tem a chance de passear de barco pelo Estreito de Foveaux.
Rakiura, nome maori para a ilha é um parque nacional e um santuário de pássaros nativos, inclusive o kiwi. Tem uma população de 400 habitantes, a energia elétrica é via geradores a diesel e os locais vivem da pesca e tursimo.
O vilarejo de Oban, a "capital" da ilha é o único ponto habitado e de lá partem os barcos de passeio, pesca, tours e as trilhas começam por lá também.
O ponto de encontro dos moradores e dos turistas é o South Sea Hotel que além de hotel tem também um restaurante e um bar que está sempre bombando.
Eu e Nathan saímos na sexta-feira de Invercargill até Bluff onde pegamos a balsa num dia chuvoso e com vento forte...imaginem o mar.
As ondas eram maiores que a balsa e o trajeto não foi nada legal. A galera começou achando tudo um barato mas depois de 10 minutos de euforia, uns começaram a vomitar e passar mal e tudo ficou quieto...heheh.
Ficamos hospedados no hotel que foi construído no início dos anos 1920 e fica de frente para a baía.
No sábado eu e Nathan saímos para fazer uma trilha que dá uma volta por fora de Oban e tem partes de floresta e outras pela costa. A chuva estava meio chata mas a caminhada foi ótima e a trilha como era fácil levamos menos de 2 horas para terminar.
No domingo pela manhã, sem a chuva chata, fizemos uma trilha pela costa que vai até a ponta da baía onde fica um pequeno farol eletrônico e de se pode observar pinguins, albatrozes, golfinhos e focas. Não tivemos sorte neste dia mas a caminhada na mata é cheia de sons e cantos dos mais variados pássaros e de paisagens exuberantes.
Levamos por volta de 2h30m e ainda tivemos tempo de descansar, dar uma olhada em lojinhas e no centro de informação antes de pegar a balsa de volta pra Bluff.
Mesmo com as pernas cansadas, o fim de semana foi super relaxante e recomendo a visita à Stewart Island, não é barato ir pra lá e muito menos se hospedar por lá, a comida também não é barata mas o hotel é confortável, a estrutura é boa e a comida bem gostosa.
Fotos da viagem em breve.
Kia ora.

Wednesday, March 16, 2011

Viajante

Sempre fui um sonhador, quando era criança não assistia muitos desenhos animados, eu passava horas em silêncio assistindo a série Os Bichos que passava na TV Cultura e outros documentários sobre a vida selvagem, meio ambiente e diversidade cultural.
Por isso não tenho lembranças de ter um desenho animado favorito ou de assistir ao Show da Xuxa como todas as outras crianças. Quer dizer, eu assistia à Xuxa mas nada do que ela tenha feito na TV me marcou na vida adulta.
Eu sempre me interessei por diversidade, ecologia e conhecimentos gerais. Claro que nenhum desses assuntos eram apropriados nas rodas da escola e ninguém, nem mesmo meu melhor coleguinha iria se interessar sobre algum tipo de macaco que vive numa montanha da África e que sabia absolutamente tudo à respeito. Frustante.
Cresci imaginando como seria visitar todos os lugares incríveis que via na TV. Lugares famosos como a Torre Eiffel, o Coliseu, as pirâmides do Egito e lugares exóticos como Madagascar, Nepal e Tonga que eu viva dizendo pras pessoas que era uma ilha no Pacífico perto de Samoa que todo mundo achava que era marca de chinelo e não um país.
Dentro de mim eu sempre acreditei que um dia eu sairia de casa pra conhecer o mundo, que eu iria para lugares jamais explorados e que minha vida seria uma eterna aventura. Claro que essa idéia foi cada vez mais indo por água abaixo com os anos mas sempre soube que minha casa, minha rua, minha cidade e meu país, não seriam suficientes para sempre.
Quando a chance de vir pra Nova Zelândia apareceu eu já vinha há uns dois anos pensando seriamente sobre como dar os primeiros passos em direção ao meu sonho.
Eu já havia pensado em vir para a Austrália mas nunca pensei em vir pra cá.
Acabei conhecendo Elisangela (Miss Eli) na faculdade de gastronomia e nunca imaginei que ela fosse ser o elo que eu precisava para que as coisas acontecessem.
Antes de vir pra cá eu já sabia algumas coisas sobre a Nova Zelandia (claro!) mas acho que a gente nunca vai ter uma idéia real sobre um lugar até que a gente vá lá.
A Terra Média é um país lindo, puro, preservado e extremamente civilizado. Cheio de problemas como todo lugar mas com um tremendo senso de organização.
Me arrependo de não ter viajado pelo Brasil e ter conhecido outros lugares maravilhosos ali mesmo no meu quintal e ainda quero um dia ter essa chance.
Atravessei o mundo mas não segui viagem, e é isso que toma conta da minha mente, a vontade e principalmente o sonho de ver o mundo ainda não morreram e eu quero, mais do que tudo, que esse sonho se realize.
Hoje, quem diria, moro pertinho de Tonga.

Thursday, March 10, 2011

O recomeço de um futuro incerto.

São mais de duas semanas desde o terremoto que devastou grande parte da cidade de Christchurch e região.
O número de vítimas fatais parou em 166 já tem alguns dias e os trabalhos de demolição já estão em andamento. No momento, 98% da cidade tem energia elétrica restabelecida e 95% tem água encanada.
Todos os dias aparecem novo dados sobre a real escala de destruição e a situação das casas, prédios, bairros e ruas.
Sabe-se que metade dos prédios históricos da cidade não tem condições de serem recuperados e terão de ser demolidos, há muitos esforços para salvar a Catedral da cidade, símbolo de Chrsitchurch.
Um total de 20 mil casas, isso mesmo, serão desocupadas e demolidas. Um bairro inteiro deixará de existir, para sempre. As rachaduras e danos na terra são tão profundos que não há condições de se construir nada naquela região. Então centenas de famílias terão que encontrar outros lugares para morar.
A Copa do Mundo de Rúgby acontece aqui na NZ em setembro desse ano e até o momento não há nenhuma garantia de que a cidade poderá receber os 6 jogos programados até então. O problema não é o estádio, que não sofreu grandes danos mas sim a rede hoteleira que está em frangalhos.
O governo tenta ser positivo e diz que Christchurch terá prédios mais modernos e contruídos para aguentar terremotos futuros porém, milhares de pessoas já deixaram a cidade e não querem voltar mais e as que ficaram ainda estão incertas sobre que tipo de cidade e vida terão no futuro.
Não podemos prever quando o próximo terremoto virá e nem se será pior que o último e por isso o futuro é dificil de imaginar.